Repete-se assim, o vazamento das conversas entre Lula e Dilma, grampeadas – ilegalmente, pois depois da ordem do juiz Sergio Moro suspendendo o grampo – cuja divulgação serviu claramente para instigar o clima político criado anti-Lula, anti-Dilma e anti-PT.
Ou como bem definiu o delegado federal aposentado Armando Rodrigues Coelho Neto, no artigo Quem não seguir o script do golpe vai preso, publicado nesta segunda-feirsa, no JornalGGN:
Os vazamentos, entre outras medidas, fazem parte, na verdade, de uma estratégia que vem sendo adotada em toda a Operação Lava Jato como forma de “mobilizar” a opinião pública a favor das investigações e contra qualquer espécie de interferência política. Algo, porém, que pode ser considerado uma faca de dois gumes, pois torna os “investigadores” (no caso, policiais federais, procuradores e o próprio judiciário) imune às críticas, inclusive aquelas referentes aos possíveis deslizes e/ou ilegalidades.
Ou como bem definiu o delegado federal aposentado Armando Rodrigues Coelho Neto, no artigo Quem não seguir o script do golpe vai preso, publicado nesta segunda-feirsa, no JornalGGN:
“Já no Brasil, que adotou espontaneamente as mesmas leis, rompeu-se a ordem jurídica, assassinaram reputações, usaram prisões temporárias como forma de coação, delações foram adrede vazadas, prenderam empresários e quebraram empresas. Agravaram a crise – outro item do golpe, e para completar, tentam derrubar a Presidente da República. Com o país nas mãos de uma quadrilha, parte dela vive sob ameaça de prisão. Quem não seguir o script do golpe vai preso e as prisões já pedidas seriam meras coincidências“.Uma questão que, sem dúvida, deverá ser abordada na tarde desta segunda-feira (13/06) na palestra/debate que o subprocurador da República, Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça de Dilma, fará na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com a organização do Programa de Pós-Graduação da Faculdade Nacional de Direito, o evento terá o tema “O Ministério Público na crise de 2016″. Veja mais informações abaixo.

A propósito, vale repetir aqui o que constou do editorial da Folha de S. Paulo, em 02 de junho, ao criticar a censura imposta a este blog (Da Folha de S.Paulo: Operação Censura):
“(…) a disposição autoritária sem dúvida se camufla em meio ao ânimo messiânico e justiceiro que se cria em torno das necessárias —e sempre louvadas— ações contra a corrupção.Nada seria melhor para as autoridades da Lava Jato, todavia, do que se mostrar imune a críticas —e não procurar silenciá-las, como se delas tivessem efetivo receio”.
Críticas, inclusive, a alguns dos métodos adotados, que colidem com o Estado Democrático de Direito, elencadas por Coelho Neto em seu artigo.Entre elas, os vazamentos. Repito aqui trecho de uma postagem que fiz em 26 de setembro, na matéria “Grampo da discórdia da Lava Jato” na qual me referi à reportagem que aquela semana saiu na revista CartaCapital, em especial ao parágrafo final, inserido em São Paulo ao editarem o material:
“Só o completo esclarecimento do tal grampo poderá demonstrar que a Lava Jato não ultrapassa os limites da legalidade em seu ímpeto louvável de punir a corrupção no Brasil. Para quem está imbuído da missão de limpar o País, a transparência não é só recomendável. É essencial”.Por tudo que vemos, continua faltando transparência em todo este caso. Mas, sobram dissimulações. E os vazamentos.
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